quinta-feira, 9 de setembro de 2010
1. Há quanto tempo está no mundo do rap?
Podemos contar aí uns 10 aninhos, já se for de ouvinte é até mais...
2. Como foi o início até se tornar um rapper conhecido?
No inicio todo mundo é fã, quem não começar assim tá fazendo o caminho errado, não serve, mas você ouve e se identifica tanto com aquilo que acaba querendo participar mais, quando vi já estava envolvidão, xerocando cartaz pra evento de quebrada, participando de uns festivais de bairro, o resto é a história do hip hop...
3. Você cantou em uma emissora de TV. Como vê a receptividade do universo hip hop depois da sua aparição?
Já participei de alguns programas de tv em diferentes emissoras, o hip hop é fragmentado em alguns aspectos, tem gente que me tromba e diz que eu o representei, que eu sou o que faltava pro rap mesmo e que tem que ir pras cabeças, e tem gente que diz que eu sou um vendido e que o que eu faço não é rap e coisas do tipo, as pessoas gostam de expressar suas opiniões embora várias não mereçam ser ouvidas, mas em geral é uma parcela muito pequena de pessoas que vê isso de uma forma negativa, em geral Mcs frustrados que gostariam de estar ali, ou em alguns lugares por onde passo, não ligo muito não, tenho muito trabalho a fazer, quem não é visto não é lembrado... Então simbora hip hop que quem sabe faz a hora não espera acontecer... Vamos botar a cara mesmo e mostrar tudo que o hip hop pode ser...
4. Qual estilo de música, além do rap, você curte?
Escuto tudo livremente mesmo, se eu gostar eu nem ligo pro gênero ou banda. Gosto de canções que criam imagens, sensações na minha mente, se isso acontecer eu gosto. Ouço muito samba e tenho ouvido muita tropicália - essas coisas de Caetano, Gil, Gal Costa daqueles tempos, peguei os afrosambas de novo, a Fabiana Cozza disse uma vez que esse disco é bom pra se escutar várias vezes na vida por que ele amadurece junto com você, eu concordo.
5. Quem é seu ídolo na música?
Vários: Adoniran Barbosa, Kl Jay, Mv Bill, Mano Brown, Cartola, se for listar tem muita coisa...
6. Tem vontade de expandir seus horizontes em outras áreas?
Faço isso, me identifico muito com a nomenclatura multimídia. Vim de outra coisa: faço quadrinhos, sou ilustrador, gosto de várias plataformas diferentes, algumas nem tão artisticas assim mas que funcionam bem quando somadas a algum tipo de arte. Eu quero fazer um desenho animado, um filme, uma graphic novel, um livro, dvds, escrever um espetáculo de dança contemporânea, gosto de tá no bolo trabalhando a mil por hora... Aproveite a vida por que você vai passar muito tempo morto (risos).
7. A CUFA (Central Únicas das Favelas) realiza o RPB Festival, que vai pra sua segunda edição em 2010. O que acha desta iniciativa?
Acho da hora. precisamos de mais coisas assim acontecendo, mas é muito louco a Cufa dar esse passo e construir uma plataforma que alavanque os novos nomes, trazê-los para o grande público é contruir o hip hop de amanhã, e tem muito muleque bom fazendo rap pelo Brasil afora, quem pensa que o negócio só pega em São Paulo tá moscando...
8. Qual mensagem você deixa pros rappers iniciantes?
Menos papo e mais ação. Trabalho, trabalho e mais trabalho.
9. Em sua opinião, o que falta para o rap no Brasil?
Tempo.
10. Qual (is) seu projeto(s) para o futuro?
Quero lançar meu álbum oficial, começo a refletir sobre o conceito já, mas ainda tá bem no começo. Desta vez quero fazer tudo com calma, pensado, afinal de contas é meu primeiro disco!!!
11. Já participou de algum festival?
De alguns, tenho um vínculo muito forte com a rede fora do eixo, minha nova mix tape será distribuída por eles, mas participei de bastante festivais de hip hop, de música independente, acho um espaço maravilhoso, principalmente quando se tem uma diversidade grande de gêneros em um mesmo espaço...
12. Você continua fazendo batalhas de frestyle?
Não mais. O grande lance do freestyle é fazer os outros batalharem com você, querer batalhar com os outros é comum, quando você alcança isso não precisa mais batalhar, faço muito mais por hobby do que para pagar contas hoje.
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Mais uma vez Emicida causando no pico. Muita responsa, seriedade e paixão ai... continua assim que o resto se pá ta garantido. É td nosso! a rua é nois memo! è so continua lembrando dos esquecido.
ResponderExcluirPaulo/@pudim182