segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SAIBA COMO FOI A ETAPA NO RIO DE JANEIRO.

A Central Única das Favelas (Cufa) realizou no sábado, dia 18 de setembro, a segunda edição de dois eventos que tem dado o que falar: o primeiro aconteceu a partir das 10 da manhã e vai definir quais serão os representantes do Rio de janeiro no Bradan – Brasil Break Dance – um campeonato de breaking que visa descobrir novos talentos e aposta na dança como canal para a construção da cidadania. Na arena 32 casais de b.boys e b.girls de todo o estado em manobras impressionantes. E quem pensa que o público será um mero expectador está muito enganado: durante todo o evento vão rolar muitas brincadeiras, sorteios de brindes e uma batalha de vídeo dance com inscrições feitas na hora, além do “Mostre o seu talento” com a participação de grupos que mandam muito bem no decorflex. A finalíssima do Bradan acontece no dia 30 de outubro em Cuiabá – MT.

Já o segundo é dedicado àqueles que curtem muita música de qualidade: é o RPB – Rap Popular Brasileiro, que este ano recebeu mais de 250 inscrições pelo site do festival e selecionou 31 grupos que se apresentou a partir das 19 horas. Os selecionados da etapa carioca disputarão o título de melhor do Brasil no Ceará, no dia 16 de outubro. Outro destaque do RPB é a rapper Edd Weller, que além de se apresentar no evento, participará como jurada.

Todas as atrações aconteceu no Centro Esportivo e Cultural da Cufa e teve entrada gratuita. O Bradan e o RPB contam com o apoio da Jonhy Size, Criar e promoção da Globo Rio e Rádio Beat 98.



SISTAH


JURADOS - BRADAN -2010


NYL MC




XUXU E CHAIRSPIN - PIZZA E MALUQUINHO - KALEL E SONIC.


PUBLICO

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


1. Há quanto tempo está no mundo do rap?

Podemos contar aí uns 10 aninhos, já se for de ouvinte é até mais...

2. Como foi o início até se tornar um rapper conhecido?
No inicio todo mundo é fã, quem não começar assim tá fazendo o caminho errado, não serve, mas você ouve e se identifica tanto com aquilo que acaba querendo participar mais, quando vi já estava envolvidão, xerocando cartaz pra evento de quebrada, participando de uns festivais de bairro, o resto é a história do hip hop...

3. Você cantou em uma emissora de TV. Como vê a receptividade do universo hip hop depois da sua aparição?
Já participei de alguns programas de tv em diferentes emissoras, o hip hop é fragmentado em alguns aspectos, tem gente que me tromba e diz que eu o representei, que eu sou o que faltava pro rap mesmo e que tem que ir pras cabeças, e tem gente que diz que eu sou um vendido e que o que eu faço não é rap e coisas do tipo, as pessoas gostam de expressar suas opiniões embora várias não mereçam ser ouvidas, mas em geral é uma parcela muito pequena de pessoas que vê isso de uma forma negativa, em geral Mcs frustrados que gostariam de estar ali, ou em alguns lugares por onde passo, não ligo muito não, tenho muito trabalho a fazer, quem não é visto não é lembrado... Então simbora hip hop que quem sabe faz a hora não espera acontecer... Vamos botar a cara mesmo e mostrar tudo que o hip hop pode ser...

4. Qual estilo de música, além do rap, você curte?
Escuto tudo livremente mesmo, se eu gostar eu nem ligo pro gênero ou banda. Gosto de canções que criam imagens, sensações na minha mente, se isso acontecer eu gosto. Ouço muito samba e tenho ouvido muita tropicália - essas coisas de Caetano, Gil, Gal Costa daqueles tempos, peguei os afrosambas de novo, a Fabiana Cozza disse uma vez que esse disco é bom pra se escutar várias vezes na vida por que ele amadurece junto com você, eu concordo.

5. Quem é seu ídolo na música?
Vários: Adoniran Barbosa, Kl Jay, Mv Bill, Mano Brown, Cartola, se for listar tem muita coisa...

6. Tem vontade de expandir seus horizontes em outras áreas?
Faço isso, me identifico muito com a nomenclatura multimídia. Vim de outra coisa: faço quadrinhos, sou ilustrador, gosto de várias plataformas diferentes, algumas nem tão artisticas assim mas que funcionam bem quando somadas a algum tipo de arte. Eu quero fazer um desenho animado, um filme, uma graphic novel, um livro, dvds, escrever um espetáculo de dança contemporânea, gosto de tá no bolo trabalhando a mil por hora... Aproveite a vida por que você vai passar muito tempo morto (risos).

7. A CUFA (Central Únicas das Favelas) realiza o RPB Festival, que vai pra sua segunda edição em 2010. O que acha desta iniciativa?
Acho da hora. precisamos de mais coisas assim acontecendo, mas é muito louco a Cufa dar esse passo e construir uma plataforma que alavanque os novos nomes, trazê-los para o grande público é contruir o hip hop de amanhã, e tem muito muleque bom fazendo rap pelo Brasil afora, quem pensa que o negócio só pega em São Paulo tá moscando...

8. Qual mensagem você deixa pros rappers iniciantes?
Menos papo e mais ação. Trabalho, trabalho e mais trabalho.

9. Em sua opinião, o que falta para o rap no Brasil?
Tempo.

10. Qual (is) seu projeto(s) para o futuro?
Quero lançar meu álbum oficial, começo a refletir sobre o conceito já, mas ainda tá bem no começo. Desta vez quero fazer tudo com calma, pensado, afinal de contas é meu primeiro disco!!!

11. Já participou de algum festival?
De alguns, tenho um vínculo muito forte com a rede fora do eixo, minha nova mix tape será distribuída por eles, mas participei de bastante festivais de hip hop, de música independente, acho um espaço maravilhoso, principalmente quando se tem uma diversidade grande de gêneros em um mesmo espaço...

12. Você continua fazendo batalhas de frestyle?
Não mais. O grande lance do freestyle é fazer os outros batalharem com você, querer batalhar com os outros é comum, quando você alcança isso não precisa mais batalhar, faço muito mais por hobby do que para pagar contas hoje.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010



CAROL MONTE

Em 1996, Carol Monte foi morar em Nova York com os pais, quando chegou lá, deu de cara com uma rivalidade territorial no meio do Hip Hop. Era o momento auge da grande briga entre os dois maiores Rappers americanos na época, Tupac e BIG, da costa leste a costa oeste, disputavam o titulo de melhor rapper. Carol não pensou duas vezes, quis tomar partido nessa briga, comprou duas Techniques MK2 e todos os vinil’s do Tupac. Com 17 anos, a nova DJ tinha um objetivo, ajudar seu rapper preferido a ganhar essa briga.



DJ BRINQUINHO

Com mais de 15 anos de carreira, Brinquinho pode ser considerado um dos mais conceituados DJs da cena carioca. Com um som voltado para o Mainstream (House/hiphop/d&b/pop), mas que também passeia pelo Funk.
Brinquinho é um DJ versátil e que tem um currículo repleto de boas realizações. Entre elas, programas nas rádios Jovem Pan, Popular FM e Atualmente na BEAT98 & Multishow FM.
Apresentações nos programas de TV da Xuxa (Globo), do Gugu (SBT), Faustão (Globo) e Atitude no Telhado (TVE), além de remixes em discos de artistas consagrados e festas em várias casas noturnas do Rio de Janeiro


EDD WHEELER

Edd Wheeler volta à ativa no cenário cultural do Rio carregando consigo o fato de ter escrito parte importante da história do Hip Hop brasileiro, como integrante do grupo “As Damas do Rap”, pioneiras que há dez anos quebraram barreiras para ser um dos primeiros grupos de rap femininos no Rio de Janeiro com material fonográfico e divulgação em todos os meios de comunicação.O grupo “As Damas do Rap” começam como um grupo de dança feminino quebrando as barreiras do baile de charme que tinham como perfil grupos masculinos. Sua primeira formação



L – TON

Nascido em uma família de músicos, Éliton Nascimento, nas artes conhecido como “L-ton” tem ligação musical desde o berço. Sua mãe era cantora / solista de corais e sexteto de “Sprituals” se apresentando em eventos por todo o país. Seguindo a tradição familiar o rapper estudou piano e é autodidata em bateria, além de ter noções básicas de saxofone.Envolvido com Hip Hop desde 1994, o rapper L-ton “O.S.K” , é o líder e fundador do grupo R.E.P e proprietário do selo independente “Gospel Beat Records” / “G-Hertz Muzik”, selo pelo qual lançou o CD do R.E.P (indicado ao prêmio Hutuz), um EP e uma mixtape do rapper Fydell, o EP do rapper Vinicius Terra e uma seu cd “SOLO”.


LUIZA MOURA

Estuda flauta transversa há sete anos. Na faculdade, entrou em 2008, na UNI-Rio para estudar também flauta transversa com Sérgio Barrenechea. Já participou de Master Classes com Renato Axelrud (Brasil), Raffaele Trevisani (Itália) e Eva Amsler (Suíça). Já atuou como voluntária dando aulas de música na Central Única das Favelas. Atualmente, toca na Orquestra Sinfônica da UNI-Rio e desde Julho de 2010, na Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem (OSB Jovem).



DJ DMC

DMC, brasileiro, natural de Pernambuco, radicado no Rio de Janeiro desde 1983, foi morar nos subúrbios da Leopoldina e posteriormente na Baixada Fluminense, locais que foram importantíssimos para sua formação sócio-cultural e musical. Nestes locais pôde fundir a matriz do folclore nordestino, a inovação do dos ritmos elétro-urbanos e a tradição do samba; extraindo do cotidiano da vida dura e urbana da cidade dormitório o combustível para os seus questionamentos melódicos.
• O apelido DMC veio das pistas de skate, entre uma manobra e outra aproveitava para vender umas camisas de bandas alternativas, dentre elas, “RUN DMC”. Como todos pediam pela tal camisa: Cadê a camisa RUN DMC? E aquela camisa RUN D...?, Ô DMC, cadê a camisa? E assim surgiu o apelido do DMC.




LG

LG, um dos vocalistas, tá no primeiro time dos frontman
do pop nacional, tem aquela timbragem negra irresistível de quem foi sevado
à base de Marvin Gaye, All Green, Cassiano, etc. Anderson, mundialmente
conhecido pelo documentário finalista do Oscar “Favela Rising”, é
responsável pelos vocais ragga e hiphop. Dinho fecha o trio vocal com o carisma e a eletricidade dos morros cariocas. (Quem freqüenta, sabe do que se trata. Quem não freqüenta, só lamento. Isso que dá ficar ilhado no mundinho-ervilha da Zona Sul).